Por que o Brasil é um país subdesenvolvido?
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Nós todos sabemos que o Brasil não é um país de primeiro mundo, mas por quê?

Por que o Brasil é um país subdesenvolvido?

Nós todos sabemos que o Brasil não é um país de primeiro mundo, mas por quê?

O Brasil é um país subdesenvolvido industrializado. Isso significa que o país possui um sistema político-econômico vinculado ao capitalismo. Esse processo promove a apresentação, no país, da maioria das empresas da iniciativa privada, que têm como principal finalidade a busca incessante de lucros. Dessa forma, o conjunto de atividades econômicas influencia diretamente na configuração da economia nacional.

A sociedade brasileira, como a maioria dos outros países capitalistas, é dividida em dois grupos distintos. De um lado, a burguesia, conjunto de pessoas que detêm os meios de produção (indústrias, empresas, fazendas, bancos etc.) e que acumulam capitais a partir dos lucros arrecadados em suas propriedades produtivas. Do outro lado fica a classe trabalhadora ou proletária, pessoas que vendem sua força de trabalho em troca de salário.

O Brasil, apesar de ser um país industrializado e capitalista, não se apresenta no centro do capitalismo mundial, pois se enquadra como uma economia dependente e periférica. No entanto, o país pode ser classificado como semiperiferia.

Essas características são provenientes do alto grau de dependência tecnológica e econômica, fragilidade comercial em relação às grandes potências, dívida externa, grande quantidade de empresas multinacionais, restrita elaboração de novas tecnologias e grande reprodução de técnicas e tecnologias criadas em países centrais e uma enorme disparidade social.

O Brasil apresenta economia dependente, apesar disso possui um alto índice de industrialização, com economia diversificada. Isso significa que a produção não se limita à produção agropecuária e à extração de minérios, existe também um complexo e completo parque industrial que produz aviões, automóveis, softwares e muito outros equipamentos modernos.

O Brasil não faz parte do grupo de países com pequenas economias e industrialização modesta, no qual se integram Uganda, Costa do Marfim, Paquistão, Bangladesh, Etiópia, Niger, Mali, Zaire, Bolívia, Haiti, entre outros. Já países como Argentina, México, África do Sul, Tigres asiáticos, Coreia do Sul, Taiwam, Malásia, Hong Kong, Indonésia, Índia e especialmente a China, são prováveis potências mundiais.

Portanto, a ideia de país emergente é mais uma inserção dentro dos países subdesenvolvidos do que a designação de um grupo economicamente à parte. Afinal, trata-se, de todo modo, de economias muito dependentes e, mesmo industrializadas, altamente voltadas para a exportação de matérias-primas e produtos de baixo avanço tecnológico. Até aqueles mais fortemente avançados tecnologicamente (a exemplo da China e do México) fazem-no pela abertura de suas economias à entrada de empresas multinacionais estrangeiras, quase todas pertencentes aos países centrais.

A economia do Brasil, por sua vez, apresenta todas essas características gerais que costumam predominar nos países emergentes: industrialização (mesmo que tardia), abertura econômica, grande entrada de empresas estrangeiras multinacionais, forte crescimento do setor terciário, condições medianas de desenvolvimento econômico e humano, entre outras.

Portanto, o correto não é dizer ou questionar se o nosso país é subdesenvolvido ou emergente, mas sim afirmar que o Brasil é subdesenvolvido e emergente. Afinal, o cenário brasileiro apresentou, de fato, evoluções econômicas e sociais em relação a algumas décadas, mas não se livrou de várias condições socioespaciais e historicamente constituídas que o levaram ao subdesenvolvimento, tais como: a concentração de renda elevada, o limitado desenvolvimento humano, a baixa qualidade em termos de educação e saúde, as limitações de infraestrutura, entre muitas outras.

Elis Salles - Jundiaí - Itupeva
A palavra que me representa bem é empreendedora, atualmente estou administrando o Espaço Comercial Villa Medeiros com Salas Comerciais e Coworking e investindo no Refúgios no Interior de SP. Algumas atividades agregam minha trajetória profissional como empresária no mercado imobiliário durante 15 anos (2005-2020), Corretora de Imóveis (Creci f-68203), Avaliadora de Imóveis (Cnai 22634), escritora e consultora imobiliária.

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