O Samba da Vela
O Samba da Vela
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Roda de samba acontece às segundas e só acaba quando a vela apaga.

Roda de samba acontece às segundas e só acaba quando a vela apaga.

Roda revela jovens compositores e já teve músicas gravadas por sambistas.

Há 18 anos, uma roda mantém acesa a chama do samba, em Santo Amaro, na Zona Sul de São Paulo. É o samba da vela, que revela jovens compositores e já teve músicas gravadas por sambistas como Beth Carvalho, que é a madrinha da roda. Toda semana, eles se reúnem em plena segunda-feira à noite, até a chama apagar.

O primeiro samba da vela aconteceu em 17 de julho de 2000. “Chamei os meninos, vamos montar um projeto de samba segunda-feira, dia bom, que não vai virar balada mesmo. O samba vai ser o único protagonista da parada. E nesse 'bate-bola' se perguntou como o samba ia parar por volta de 11 horas. Eu dei opção de um despertador. O Magnu ofereceu uma ampulheta. O Maurílio ofereceu um galo, se o galo não cantar, o samba não parava. Aí o Paquera, o saudoso Paquera, falou: 'vamos botar uma vela'”, conta Chapinha da Vela, fundador do Samba da Vela.

Quase todo mundo fica sentado e tem o que seria uma bíblia só de samba, um livrinho com as músicas cantadas. “A gente viu que tinha que fazer um caderno, porque começou a chegar muito compositor. Já chegou dia de ter 50 compositores aqui. O caderno salva a gente, porque aí a gente canta exatamente o samba do caderno”, afirma Chapinha.

A cantora Beth Carvalho é a madrinha do local. “Sem a mão da Beth Carvalho, a gente não teria chegado onde chegou. A importância da Beth não é para nós, samba da vela, é para o samba. É uma das pessoas que mais gravou Cartola, Nelson Cavaquinho. Foi a única que gravou um disco só de compositores de São Paulo”, comemora o fundador.

Quem visita a roda, aprova. “Acho que é uma emoção pelo samba, a vibração”, diz Daiane Miranda, arquiteta. “Aqui é um reduto de compositores, de músicas novas”, afirma o produtor musical Alberto Dantas. “Samba mesmo, raiz mesmo, mexe com a gente”, completa a professora Sandra Marinho.

E o que fazer pra essa vela não apagar? O fundador do Samba da Vela responde: “O que temos que fazer é continuar fazendo samba, de coração, botar a alma na palma da mão, na ponta da língua, na ponta da caneta. A gente deixando a comunidade alegre, com a nossa música, acho que é sempre um convite pra volta dessas pessoas”.

Todas as segundas-feiras, às 20h45, a Casa de Cultura de Santo Amaro recebe ritmos e poesias de autores da comunidade.

A noitada começa quando o fogo é acendido e só termina quando a vela se apaga. A entrada é uma contribuição voluntária.

Praça Doutor Francisco Ferreira Lopes, 434 Santo Amaro - Sul São Paulo - SP (11) 5522-8897

 

 

Elis Salles - Jundiaí - Itupeva
A palavra que me representa bem é empreendedora, atualmente estou administrando o Espaço Comercial Villa Medeiros com Salas Comerciais e Coworking e investindo no Refúgios no Interior de SP. Algumas atividades agregam minha trajetória profissional como empresária no mercado imobiliário durante 15 anos (2005-2020), Corretora de Imóveis (Creci f-68203), Avaliadora de Imóveis (Cnai 22634), escritora e consultora imobiliária.

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