A saudades que temos do que já passou e a ansiedade que possuímos ao pensar no futuro as vezes nos fazem não perceber o mais importante: o nosso agora! Confira:
A saudades que temos do que já passou e a ansiedade que possuímos ao pensar no futuro as vezes nos fazem não perceber o mais importante: o nosso agora! Confira:
A vida passa por caminhos que desconhecemos, Osho diz: Não sabemos de onde viemos e não sabemos para onde vamos. E no meio desse intervalo vivemos uma jornada, cada um passa por seus caminhos conhecidos e desconhecidos, desbravando, buscando, sonhando. Constatar que no meio desse caminho estamos sempre em busca de algo, pode nos libertar de elos antigos, que foram se conectando e nos fazendo sempre pensar no ‘lá’.
Depois de um longo período afastada da terapia, resolvi voltar e, durante a sessão, relembrei momentos de 6 anos atrás, quando iniciei meu processo terapêutico, e uma grande surpresa: eu tenho quase tudo que sonhava há 6 anos atrás. Uau!
Por que então eu reclamo tanto? Por que eu não consigo estar no aqui e agora? Por que não consigo aproveitar os motivos das sessões de terapia de 6 anos atrás? Percebi, nesse processo sobre a falta de presença no presente, que estou vivendo no piloto automático e sofro de uma síndrome que eu mesma nomeei de: busca constante e insatisfação crônica.
Em determinados períodos da nossa vida, passamos por fases obscuras. São momentos que pensamos: como vou sair dessa? Olhamos para o alto da montanha e parece que chegar lá será uma missão realmente impossível. Faltam forças, determinação, coragem, fé. Sabe aquele momento em que você já levou tanta lambada no amor, que então você diz: Nunca mais quero me apaixonar. Você olha para o alto e parece que nunca mais vai conseguir sair desse vale.
Outros momentos que parecem sem solução, como a perda de alguém que amamos, não há leitura que conforte, não há história que aqueça, a gente só consegue sentir a dor, a tristeza, sentimo-nos partidos e carregamos a sensação de que nunca mais seremos inteiros novamente. Mas Deus vem e nos permite um novo olhar, uma nova fase, um novo ciclo. Se estivermos bastante empenhados em aprender algo, com certeza, esses períodos sombrios e de dor trarão os maiores aprendizados, o maior deles, um clichê: tudo passa!
Sentada em frente a minha psicóloga, a primeira frase que eu disse: “Nossa, que saudade daquela época, bons tempos eram aqueles!” Mas naquela época, eu vivia reclamando, sofrendo, cheia de inseguranças e medos. O que mudou, o que transformou aqueles momentos difíceis em bons momentos? Será o tempo ou a necessidade de buscar sempre mais, a gula por viver bem?
A verdade é que tudo passa e quem se encarrega de transformar nossas aflições é esse sábio professor: o Tempo. Olhando para dentro de mim, eu comecei a perceber que eu estava novamente focada apenas no que eu queria viver, eu não estava aproveitando nada dos meus sonhos do passado que agora se tornaram a minha realidade diária. A vida muda, nosso olhar muda, nossas aflições mudam porque tudo é fluido, mutável, nada permanece igual nessa vida. Não nos permitimos a plenitude e a felicidade, simplesmente porque não estamos conectados ao nosso presente.