A tecnologia é um mal necessário. Atualmente, tudo se resolve de forma virtual. Cirurgias e exames são realizados com o auxílio da tecnologia, estudos, livros e músicas são baixados, trabalhos são realizados através do home office, viagens pelos
A tecnologia é um mal necessário. Atualmente, tudo se resolve de forma virtual. Cirurgias e exames são realizados com o auxílio da tecnologia, estudos, livros e músicas são baixados, trabalhos são realizados através do home office, viagens pelos lugares mais incríveis são visitados através da internet, entretenimento, lazer, relacionamentos, diversão para todas as idades e muito mais. Enfim, o mundo é tecnológico e não faz muito tempo. A evolução foi muito rápida, com a chegada da internet.
Antigamente, brincar na rua poderia ser perigoso, pais reclamavam que os filhos ficavam horas em frente a televisão ou videogame e agora surge o celular, o mais recente vício e prejudicial tanto para as crianças quanto para os adultos.
Há 2 anos, cerca de 60% das pessoas ficavam viciadas em tecnologia, sendo necessário criar um projeto de lei que prevê a proibição do uso dos celulares nas salas de aula de todo o Brasil. Por enquanto, quem dita as regras são os pais e as escolas.
A dependência digital já é considerada um transtorno mental. As pessoas que ficam muito ansiosas ou angustiadas quando estão longe dos celulares, podem sofrer de nomofobia, um distúrbio que atrapalha a vida social, o desempenho no trabalho e pode até provocar acidentes graves. O Instituto Delete, no Rio de Janeiro, é o primeiro a tratar pessoas dependentes de internet.
O Brasil já conta com 22 milhões dos chamados nativos digitais, nascidos e criados a partir da década 1980, na era dos games e da internet. Contrariando prognósticos de que a tecnologia apenas ajudaria a multiplicar informações e o círculo de amizades, muitas crianças, adolescentes e adultos nunca estiveram tão desconectados do mundo real. Parecem hipnotizados por seus aparelhos móveis, perdendo a vontade de estudar, de brincar ao ar livre e até de conversar entre si e com os familiares, sem intermediação das telas. Falta de controle dos adeptos, muitos jovens já apresentam sintomas de vício em eletrônicos, com isso, a queda no rendimento escolar, a insônia e o nervosismo vão se instalando sem causa aparente.
No Brasil, muita gente está aderindo ao novo jogo, a sensação do momento POKEMON GO, e não sabe que é uma dependência virtual e pode se tornar um problema.
Alguns estão dedicando seu tempo a procurarem personagens fantasiosos em lugares reais. As crianças precisam brincar para desenvolverem a sua cognição; já adultos com certos jogos podem desenvolver algumas psicopatias: borderline, paranóide, transtorno obsessivo compulsivo, obsessão e manias. É provável que esse jogo acabe influenciando negativamente a realidade de algumas pessoas como aconteceu com várias crianças e adultos influenciados por jogos dessa natureza em vários países, principalmente nos EUA. (Marney Cruz)
As últimas notícias, do final de julho de 2016, relatam inclusive acidentes fatais com o jogo, pois ele tira totalmente a sua atenção do que está acontecendo à sua volta. Você fica tão obcecado em capturar o personagem, que não percebe que está alienado, pois transforma ideias em “coisas” que não estão no mundo real, só no virtual, mas que causa efeitos cognitivos prazerosos e viciantes para quem joga. Os desenvolvedores do jogo não estavam preocupados em colocar os alvos em localização fora de perigo.
O mundo existente e o fantasioso se conflitam em mais um objeto que vicia, uma mercadoria que desempenha muito bem sua função no mundo consumista capitalista sem o mínimo de preocupação psicológica ou material.
DICAS PARA BRINCAR COM SEGURANÇA:
- Evitar jogar logo antes de dormir.
- Evitar jogos não adequados à faixa etária (os jogos trazem a classificação em seus respectivos invólucros).
- Pais devem procurar saber de quais jogos seus filhos gostam, para saber a quais conteúdos eles podem estar expostos.
- Evitar jogar mais de 50 minutos seguidos sem fazer uma pausa para alongamento de pelo menos 10 minutos. Alongamentos ajudam a prevenir lesões musculoesqueléticas.
- Evitar o uso de headphone ao jogar, ou deixar o som baixo, pois a audição pode ser prejudicada caso o som esteja alto. O ideal é que a altura permita que se escute quem está ao lado.
- Procurar manter uma distância mínima de 60cm da tela do computador, para evitar problemas de visão.
- Variar as categorias de jogos, testando os diferentes, pode levar o jogador a descobrir um mundo novo e assim desenvolver tipos variados de habilidades.
- Como alguns jogos demandam tempo superior ao recomendado (entre uma e duas horas diárias), é importante ter alguma flexibilidade quanto ao horário. Jogos que demandam mais tempo devem ser praticados nos fins de semana ou nos feriados.
- Cuidado com o local em que você se encontra, verifique se não é uma área de risco contra ladrões, acidentes, etc.
- Avise à alguém onde você está.
- Os filtros protetores de tela auxiliam muito, contribuindo para a diminuição dos espaços luminosos e aumentando o contraste entre as imagens.
- Pessoas com histórico de epilepsia devem evitar jogar.
Sinais de alerta
- Como identificar se o seu filho (ou você) está exagerando?
- Começa a apresentar sono irregular, principalmente insônia?
- Queda no rendimento escolar e disperso no trabalho, que pode ser explicado pelo uso abusivo do computador ou por outros problemas de ordem comportamental.
- Alternância no humor: a criança ri ou chora sem motivo aparente. Adultos ansiosos, irritados e nervosos.
- A criança e o adulto, começam a ficar isolados ou apáticos.
- A criança fecha rapidamente a tela do computador ou desliga a máquina quando um adulto se aproxima. O adulto faz a mesma coisa quando o chefe ou um superior aparece.
VANTAGENS do uso moderado
- Maior facilidade de aprendizado.
- Desenvolvimento de habilidades cognitivas e motoras.
- Melhora na capacidade de orientação espacial.
- Pode facilitar a socialização.
- Favorece a comunicação e a busca de informações.
- Uso de chats (comunicadores instantâneos) beneficia indivíduos mais tímidos e introvertidos.
DESVANTAGENS do uso excessivo
- Dependência do jogo ou rede social, com dificuldade para interromper o uso.
- Aumento do isolamento social.
- Piora nos rendimentos escolares e acadêmicos.
- Prejuízo na rotina.
- Baixa autoestima e menor satisfação com a vida diária.
- Prejuízos físicos do usuário problemático, como secura do olho, insônia e desconforto musculoesquelético.
- Quanto tempo faz que você não se desliga do celular, whatsapp e das redes sociais? Já pensou? Pois é, bastante tempo não é mesmo!?
Aviso para os jovens e adultos ansiosos e cansados de hoje: para além do virtual, existe o real! Aproveite a vida, vá ler um livro, ver o mar, passear na praça ou até procurar um(a) namorado(a) em vez de um Pikachu. (Marney Cruz)
Que tal você também tirar férias do mundo virtual?
Experimente outras sensações, como:
- Deitar numa rede e ler um livro;
- Sentar debaixo de uma árvore, fazer um pic nic no parque com as crianças ou com a namorada, ouvir uma música relaxante;
- Ouvir o canto dos pássaros. Já percebeu como é lindo?;
- Tomar chuva, que delícia! Lavar a alma;
- Caminhar de mãos dadas com seu amor, enquanto tomam sorvete. Tudo de bom!;
- Andar de bicicleta e sentir a brisa no seu rosto;
- Caminhar pela areia da praia, molhando os pés na água do mar, enquanto a onda quebra nas suas pernas;
- Sentar no banco de uma praça para apreciar a lua e as estrelas;
- Soltar pipa, pular corda, jogar peteca, brincar de pega-pega com as crianças;
- Assar um bolo, para o café da tarde com a família;
- Um cinema com o namorado;
- Um churrasco com os amigos;
- Um futebol com a galera do trabalho.
Entre tantas outras opções....Já pensou??? Sugiro que pense. Com certeza, você vai viver mais e melhor, com mais qualidade. Fica a dica.
Postado por: Ana Cláudia Foelkel Simões
Psicóloga Clínica e Terapeuta
(11) 97273-3448